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mamã tranquila

Vamos falar de preparação para o parto, parto, recém-nascido e todo o tipo de assuntos relacionados com este tema...

mamã tranquila

Vamos falar de preparação para o parto, parto, recém-nascido e todo o tipo de assuntos relacionados com este tema...

Visita ao Recém Nascido e aos Pais


Mamã Tranquila

17.08.18

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Como alguns sabem, sou enfermeira especialista em saúde materna, neste momento trabalho em cuidados de saúde primários, sou uma apaixonada pela gravidez e recém nascido e vivo maravilhada por este milagre da vida.

Das várias coisas que faço neste meu mundo, a visista domiciliária ao recém nascido para fazer o teste do pezinho é um momento que adoro .

Ás minhas grávidas na última consulta de vigilância dou o meu número de tlm para poderem contactar se tiverem alguma dúvida antes do parto e para marcar a VD (visita domiciliária) depois do bebé nascer para realizar o teste do pezinho

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Acho extremamente importante esta visita ser realizada na casa dos novos pais, porque existe toda uma nova dinamica a que o casal se está a adaptar e o facto de não se terem de deslocar é menos um stress, depois estão no seu ambiente e ficam mais à vontade para expor as suas dúvidas e para mim consigo gerir melhor a minha agenda.

Normalmente, a VD tema duração de uma hora a duas horas, pode parecer um exagero, mas dá tempo para eu própria estar tranquila e passar essa tranquilidade quando vêm as questões, medos, inseguranças tão caracateristicas desta fase.

É maravilhoso, assistir ao nascer de uma nova familia, que eu vi crescer também...

Na VD, levo sempre uma balança para pesar o bebé e descançar principalmente a mãe ao ver que o seu rebento está a aumentar de peso, levo a marcação da primeira consulta agendada para mim e para o médico (normalmente nos primeiros 10 dias de vida).

E durante o primeiro mês, todas as semanas vou pesar o bebé, para monitorizar o seu aumento de peso.

Adoro este momentos únicos com os casais e ainda por cima posso pegar e ficar com aqueles pequenitos/as ao colo e matar saudades daqueles momentos maravilhosos e que passam a correr.

Na nossa unidade temos esta prática e existem outras unidades que fazem o mesmo, não sou especial apenas é um daqueles momentos em que me orgulho da minha profissão.

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Alimentação na Gravidez


Mamã Tranquila

16.08.18

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Alimentação na gravidez

 

A garantia de saúde das mães e dos seus filhos é um tema prioritário para Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a gravidez, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento e desenvolvimento do vosso bebé bem como o metabolismo materno.

Assim, as recomendações alimentares e nutricionais devem adaptar-se a cada mulher, tendo em conta as diferenças individuais. Desta forma, aconselha-se adoção de um estilo de vida saudável, que deveríamos iniciar mesmo antes da gravidez, para otimizar a saúde da mãe e reduzir o risco de complicações durante a gravidez e de algumas doenças no bebé.

A gravidez é, para a maioria das mulheres, um momento de grande felicidade e realização. No entanto, durante a gravidez, tanto a mulher como o feto em desenvolvimento encaram vários riscos de saúde. Por esta razão, é importante que todas as gravidezes sejam supervisionadas pelo pessoal de saúde.

 

No decorrer de uma  a gravidez, é natural que o peso aumente, devido à formação da placenta, líquido amniótico, crescimento do bebé, volume do útero e do sangue, tecido mamário e gordura de reserva.

As recomendações para o ganho de peso durante a gravidez foram formuladas de acordo com o reconhecimento da necessidade de equilibrar os benefícios de um crescimento fetal saudável, contra os riscos de complicações no parto e pós-parto para a mãe e bebé.  

 

 

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Imagem da DGS

 

 Proteína

 No segundo e terceiro trimestres as necessidades proteicas estão aumentadas. No entanto, a “dieta normal” consegue suprir esses aumentos. O aumento das necessidades deve-se ao contributo proteico para a formação da placenta, crescimento dos tecidos uterinos e desenvolvimento e crescimento do bebé.

Ingiram diariamente fontes proteicas a partir de:

  • Laticínios (leite, queijo, iogurte)
  • Utilizem as leguminosas verdes e secas. São uma boa alternativa proteica (feijão, grão de bico, favas, ervilhas, lentilhas), desde que se incluam uma grande variedade destes alimentos e também de cereais Ingiram moderadamente fontes proteicas de origem animal (carne, pescado e ovos)

 

Hidratos de Carbono

 São a principal fonte de energia para a realização das funções do organismo, pelo que é de alta importância o seu consumo durante a gravidez. Dos hidratos de carbonos que a mãe ingere, obtém-se glicose que é a principal fonte de energia, e elementar para o desenvolvimento do bebé. Por isso, é importante a ingestão diária e várias vezes ao dia, de alimentos ricos em hidratos de carbono como o pão integral, a batata, o arroz, a massa e a aveia.

Provêm essencialmente de alimentos de origem vegetal como:

  • Cereais e seus derivados (arroz e massa, farinha, pão, flocos de cereais)
  • Tubérculos (batata, inhame, etc.)
  • Leguminosas secas (feijão, grão de bico, ervilhas, etc.)
  • Fruta

Ter atenção, ás quantidades…

 

Hidratação na gravidez 

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 A hidratação  é essencial para uma gravidez saudável, dado que a grávida acumula cerca de 6-9 L de água durante a gestação. A ingestão adequada  durante a gravidez (incluindo a ingestão de água e de outras bebidas (como por exemplo leite, sumos naturais e infusões) e de alimentos ricos em água (sopas, saladas e fruta) é de 3 L/dia. Isso inclui cerca de 2,3 L (cerca de 10 copos) como total proveniente de bebidas.

Evitar bebidas açucaradas e com cafeina.

 

Alimentos a evitar

 Na gravidez, sigam precisamente os cuidados de higiene com a alimentação e evite os alimentos não indicados para este período: carne, pescado e ovos mal cozidos, leite ou laticínios não pasteurizados e vegetais e frutas crus não higienizados.

Limitar o consumo de:

  • Laticínios não pasteurizados
  • Queijos mal curados
  • Queijo fresco e requeijão
  • Enchidos e fumados
  • Espadarte, tamboril ou tintureira
  • Carne e peixe mal cozinhados
  • Legumes e fruta mal lavados
  • Patês de qualquer tipo

(Recomendações da DGS)

 

ALGUMAS SUGESTÕES SOBRE A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS E PREPARAÇÃO

 

 Durante a gravidez devemos ser mais cuidadosas de modo a não contrair alguma doença, por isso, devemos:

  • Lavar as mãos com água morna e sabonete:

- Antes e depois de manusear alimentos

 - Depois de utilizar a casa de banho

- Depois de estar em contacto com animais

  • Lavar muito bem os legumes com água corrente;
  • Lavar todos os frutos, mesmo se pretender descascá-los;
  • Separar os alimentos crus dos alimentos prontos a consumir;
  • No frigorífico, conservar a carne e o peixe crus sempre bem embalados e na zona intermédia, e os produtos em fase de descongelação na prateleira inferior, acondicionados em recipientes que evitem o derrame de líquidos resultantes do processo de descongelação;
  • Os alimentos cozinhados nunca devem ser colocados em recipientes onde estiveram alimentos crus, sem que o recipiente seja bem lavado;
  • Quando os alimentos são reaquecidos, devem ser levados à fervura, ou então reaquecidos a altas temperaturas por algum tempo;
  • Aquecer completamente as refeições “fast-food” e as “sobras” antes de servir;
  • Verificar sempre o prazo de validade na embalagem dos alimentos;
  • Usar luvas quando fizer jardinagem e lavar as mãos após esta prática;
  • Usar luvas ao manipular os excrementos de gato: os gatos podem ser a fonte de Toxoplasmose - infeção grave que pode causar cegueira, atraso mental ou até mesmo a morte fetal.

(Recomendações da DGS)

 

Alimentação Saudável

 O que devemos fazer:

  • Fazer 5 a 6 refeições por dia, mais ou menos de 3 em 3 horas: pequeno-almoço, almoço e jantar e 2 a 3 pequenos lanches;
  • Preferir o consumo de hortícolas, iniciando as refeições com uma sopa de legumes;
  • Preferir o peixe gordo (salmão, arenque, atum, sardinha) e as carnes brancas, como as aves e o coelho;
  • Limitar o consumo de carne vermelha a 2 ou 3 vezes por semana;
  • Consumir cerca de metade dos cereais, como pão, arroz e massa, sob a forma integral;
  • Comer 3 a 4 porções de fruta por dia;
  • Comer 3 porções de laticínios meio-gordos ou magros por dia;
  • Preferir sempre os óleos vegetais, como azeite, óleo de coco;
  • Moderar o consumo de sal, utilizando pouco sal para cozinhar;
  • Beber água suficiente para satisfazer a sede. Cerca de 2 a 3 L pode ser uma referência, mas senão estão habituadas a beber tanto, vão começando com as garrafas de 75ml;
  • Praticar atividade física moderada;
  • Evitar as bebidas alcoólicas.

(Recomendações da DGS)

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O Famoso "Toque"


Mamã Tranquila

14.08.18

 

bebe+colo uterino.jpg

 

CERVICOMETRIA OU TOQUE VAGINAL

Este procedimento permite avaliar a evolução da gravidez e, numa fase mais tardia da gestação, verificar se há sinais do início do trabalho de parto (apagamento do colo do útero e dilatação) ou se o trabalho de parto está a decorrer como esperado, permitindo identificar precocemente alguma complicação para a mãe / bebé.

AFINAL PARA QUE SERVE E QUANDO DEVE SER REALIZADO

permite ao médico avaliar a evolução da gestação. Nas consultas de rotina da gravidez, a partir das 34/35 semanas, o médico poderá fazer o toque vaginal para análise do colo uterino e do estádio da apresentação do corpo do bebé.

DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Durante o trabalho de parto, e segundo as indicações da Organização Mundial da Saúde, a dilatação cervical (observação mais importante para avaliar a progressão do trabalho de parto) e a descida (apresentação) da cabeça do feto serão registadas no partograma.

O registo no partograma começa na dilatação, quando o colo do útero atinge uma dilatação de 4 cm (fase activa do trabalho de parto) após realização do toque vaginal.

Este, deve ser reduzido ao mínimo necessário. O intervalo de avaliação deverá ser de quatro horas [1], ou se a grávida pedir se sentir alterações, o que não é muito frequente. Antes do início das contrações, o toque vaginal deve ser evitado.

Se a dilatação for lenta (a expectativa é que o colo uterino dilate dos 4 aos 10 cm, normalmente cada cm demora uma hora) é um sinal de alerta que pode associar-se a complicações como o parto distócico (quando, apesar do útero se contrair normalmente, o bebé não consegue passar pela bacia da mãe).

COMO É EXECUTADO?

colo-uterino.jpg

 

A grávida fica deitada de costas, com os joelhos dobrados e as pernas abertas e afastadas. O médico / enfermeiro introduz dois dedos na vagina (geralmente o indicador e o médio) e toca o colo para:

  • Avaliar as características do colo (apagamento, consistência e dilatação);
  • Verificar se a bolsa de aguas está ou não integra
  • Avaliar a progressão da dilatação desde o último toque vaginal,
  • Determinar a altura da apresentação  e a compatibilidade feto-pélvica (harmonia entre o tamanho da cabeça do bebé e largura da bacia da mãe );

 

QUANDO NÃO DEVEMOS REALIZAR O TOQUE VAGINAL?

Quando a grávida tiver perda de sangue ou de liquido amniotico, com idade gestacional igual ou superior a 28 semanas.

 

TOQUE VAGINAL. FAZER SIM vs Não?

 

A utilização do toque vaginal não é um procedimento consensual. É, e sempre foi um tema que gera grande polémica, muitas vezes por causa da sua utilização abusiva de à uns anos a trás. No site da OMS podemos ler:

É surpreendente que o uso desta intervenção seja tão disseminada apesar da não existência de uma boa evidência sobre a sua efetividade, especialmente considerando a sensibilidade do procedimento para as mulheres que o recebem, e as potenciais consequências adversas que a intervenção pode acarretar em determinados contextos.” [2]

 [1] Organização Mundial da Saúde – Parto Prolongado e Paragem na Progressão do Trabalho de Parto – Manual para professores de Enfermagem Obstétrica. Educação para uma maternidade segura: módulos de educação. – 2ª ed. 2005. Acedido a 26 de maio de 2017. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44145/84/9248546668_3_por.pdf. 

[2] Organização Mundial da Saúde – Exame de toque vaginal para avaliação de rotina e identificação de demoras na fase ativa do trabalho de parto. Acedido a 30 de maio de 2017. Disponível em: https://extranet.who.int/rhl/pt-br/topics/preconception-pregnancy-childbirth-and-postpartum-care/care-during-childbirth/care-during-labour-1st-stage/digital-vaginal-examination-routine-assessment-and-identification-delay-active-labour

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